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O Instituto de Relações Internacionais (IRI) foi criado em 2004 como instituto especializado e convertido em Unidade de ensino em 2010, quando já congregava o Bacharelado em Relações Internacionais (desde 2002) e o Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, com mestrado e doutorado (2009). 

O êxito do Bacharelado – o mais bem avaliado do País, pelos diferentes rankings nacionais – e, mais recentemente, do Programa de Pós-Graduação – que, na última avaliação quadrienal da Capes, progrediu para o conceito 5 –, do ponto de vista da dimensão e da qualidade da procura pelos cursos, demonstra a existência de demanda por formação qualificada em Relações Internacionais. A docência e a pesquisa no IRI se assentam em Projeto Acadêmico multidisciplinar, que parte da premissa de que o estudo das Relações Internacionais requer conhecimento de normas jurídicas, estruturas de poder, pautas de conflito e cooperação entre atores e fluxos de comércio, financeiros e de investimentos, no presente e em perspectiva histórica. 

As Relações Internacionais se constituem no campo de estudos por excelência do Projeto Acadêmico do IRI, sendo o elemento central estruturador dos cursos de graduação e pós-graduação ofertados na Unidade. A investigação dos temas de Relações Internacionais se dá de forma complementar e como fruto do conjunto de todos os conhecimentos desenvolvidos no IRI, sejam eles oriundos da Ciência Política, do Direito, da Economia ou da História. 

O conjunto de atividades de pesquisa desenvolvidas pelos docentes reúne pesquisadores do IRI e de outras Unidades, com abordagens diversas em temas como comércio, direitos humanos, meio ambiente, segurança internacional e saúde global. O IRI tem se destacado por um conjunto de atividades relevantes do ponto de vista da divulgação científica, bem como do impacto social em políticas públicas. Nos últimos anos, sua produção científica evoluiu, tanto em termos de quantidade de publicações, quanto em termos de qualidade, e isso deriva da bem-sucedida condução de projetos de pesquisa relevantes na área. O IRI promove a pesquisa básica, devotada aos estudos sobre teoria ou metodologia, e a pesquisa aplicada, voltada à geração de subsídios a políticas públicas em matéria internacional. A presença de um reputado Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAPs) – o Centro Ibero-americano (Ciba), responsável pela gestão da Cátedra José Bonifácio – funciona como elemento catalisador de pesquisas interdisciplinares. 

No âmbito da cultura e extensão, foi criada, em 2021, a Escola de Segurança Multidimensional (ESEM), vinculada ao IRI, que se destina a produzir, organizar e difundir conhecimentos, boas práticas e estimular a cooperação interagências e internacional nos campos da Segurança Pública. O Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão para difusão do trabalho da Comissão Nacional da Verdade do Brasil (NACE CNV-Brasil), criado em 2021 e que acaba de inaugurar um acervo digital permanente que disponibilizará à sociedade, até 2025, milhares de documentos norte-americanos sobre o golpe de 1964 e a ditadura militar brasileira, e a Cátedra Sérgio Vieira de Mello, criada em 2022, produto da relação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e voltado à promoção e à difusão do direito internacional humanitário, do direito internacional dos direitos humanos e, em especial, do direito internacional dos refugiados, se constituem em outros exemplos de iniciativa recente de extensão do IRI que alcançam toda a USP e a comunidade externa. Em 2023, foi criada a Cátedra Oswaldo Aranha, com os objetivos de desenvolver pesquisas e atividades didáticas relacionadas às áreas de Segurança e Defesa, à luz dos desafios contemporâneos e em consonância com as atividades desenvolvidas no IRI-USP; produzir artigos, livros e relatórios inéditos sobre as áreas acima destacadas e; contribuir no desenvolvimento de cursos de extensão voltados para agentes públicos nas áreas de Defesa, Segurança e Justiça Criminal.